Mensagem

Mensagem:

Decidi criar este blogue com o intuito de divulgar uma doença endócrina rara que me afectou, chamada Síndrome/Doença de Cushing, trocar informações sobre a mesma, bem como divulgar as minhas experiências pessoais.

É necessário alertar as pessoas para esta doença silenciosa...

Caso tenham pelo menos 6 sintomas desta doença, alertem o vosso médico.

Gostaria de esclarecer que não tenho competência para diagnosticar a doença de Cushing, pois não sou médica. O melhor profissional para diagnosticar esta doença é o Endócrinologista, ou, como foi no meu caso, um Neurocirurgião com muita experiência.



sábado, 31 de dezembro de 2011

O que é o Cortisol?

O cortisol é uma hormona corticosteróide da família dos esteróides, produzido pela parte superior da glândula supra-renal, e está directamente envolvido com o stress.
Na sua forma sintética (hidrocortisona) é um anti-inflamatório usado principalmente no combate às alergias, à artrite reumatóide e a alguns tipos de cancro.
O nome cortisol deriva de córtex.
Tem três acções primárias: estimula tanto a quebra de proteínas, como de gorduras, e providência a metabolização da glicose no fígado.
É considerada a hormona do stress, activa respostas do corpo perante situações de emergência.  O aumento da pressão arterial e do açúcar no sangue potencia a energia muscular.
Ao mesmo tempo, todas as funções relacionadas com a recuperação, renovação e criação de tecidos são paralisadas e o organismo concentra-se em obter energia.
Uma vez que o stress é pontual, superada a questão, os níveis hormonais e o processo fisiológico volta a normalidade, mas quando este se prolonga, os níveis de cortisol no organismo disparam.

A quantidade de cortisol presente no sangue sofre variações ao longo do dia, com os níveis mais altos pela manhã e os níveis mais baixos à noite. As informações sobre o ciclo luz/escuridão são transmitidas da retina para os núcleos supra-quiasmáticos no hipotálomo.
Perante níveis anormais de ACTH, depressão, stress psicológico, stress fisiológico, como a hipoglicémia, febre, trauma, cirurgias, medo, dor, exercícios físicos e temperaturas extremas foram observadas alterações no padrão de secreção de cortisol. 
O padrão de secreção varia de indivíduo para indivíduo, mas tende a  manter-se constante para a mesma pessoa.
O cortisol também inibe a secreção do CRH, resultando em feedback negativo da secreção do ACTH.
Com a libertação normal o cortisol tem diversas acções que procuram restaurar a homoeostase, o equilíbrio interno do organismo, após o stress. Age como um antagonista fisiológico da insulina, por promover a quebra das moléculas decarbohidratos, lipídeos e proteínas, desta maneira mobilizando as reservas energéticas. Isto aumenta a glicémia e a produção de glicogénio pelo figado. Também aumenta a pressão arterial. Adicionalmente, as células inflamatórias e do sistema imunológico têm suas acções atenuadas, levando a uma diminuição da actividade do sistema imunológico como um todo. A osteogenese, formação óssea, também é diminuída pelo cortisol.
Essas funções endógenas são a base das consequências fisiológicas do stress crónico. A secreção crónica de cortisol causa perda muscular e hiperglicémia, além de suprimir as respostas inflamatórias e imunes. As mesmas consequências advêm do uso de medicamentos glicocorticóides por um longo período de tempo.
Além disto, a exposição a longo prazo ao cortisol resulta na danificação das células do hipocampo. Este dano leva à diminuição da capacidade de aprendizagem. Entretanto, a exposição a curto prazo ao cortisol ajuda no processo de criação de memórias.

Do atrás exposto, concluimos que o  cortisol é essencial à vida!

Sem comentários:

Enviar um comentário